A história do Linux
- Admin
- 1 de ago. de 2017
- 3 min de leitura
Um computador sem um sistema operacional não serve para nada. E é aí que começamos a contar sobre a história do Linux.
A história começa quando o laboratório Bell, da AT&T, se uniu com a General Eletric e o projeto MAC, do MIT, se uniram para fazer um sistema operacional que se chamaria MULTICS
Porem o MULTICS não atendeu as expectativas de seus desenvolvedores, o Laboratório Bell saiu do projeto, em seguida Ken Thompson, um cientista da AT&T, junto a um antigo integrante do projeto MULTICS desenvolveram um novo sistema que foi escrito em Assembly em um computador PDP-7. Esse sistema foi nomeado de UNIX.
O problema de escrever em Assembly é que o sistema fica limitado a uma única plataforma e não funcionaria em outras. Porém foi criada uma linguagem de programação que disponibilizava outras plataformas de portabilidade. Assim surgiu a linguagem C.
Devido ao crescimento do UNIX na AT&T o sistema começou a ser distribuído de forma gratuita, junto ao seu código-fonte para universidades para fins educativos.
Depois de comercializado pela AT&T que aproveitou o grande filão para o sistema. Diversas empresas começaram a desenvolver aplicações comerciais para o sistema.
Inicialmente chamado de Unics e depois renomeado para UNIX, o sistema teve seu nome baseado no antigo sistema que fora desenvolvido pela AT&T e outras empresas o MULTICS.
A criação do UNIX ocorreu no final da década de 1960 e dali teve um crescimento muito favorável.
Algumas características do UNIX eram:
Sistema multiusuários, multitarefas
Disponível para varias plataformas
Sistema robusto, confiável e maduro
Uma desvantagem que o UNIX tinha era ser muito caro, ele funcionava para plataformas de hardware que possuíam preços que diversos profissionais não conseguiriam comprar.
O UNIX sofreu algumas mudanças realizadas pela AT&T entre os anos de 1977 e 1981 e aí foi lançado o System III. No ano de 1983, depois de diversas modificações foi lançado o UNIX System IV que foi comercializado. É um sistema que até hoje está no mercado, e se tornou um padrão internacional do UNIX. Empresas como IMB, HP e Sun são as que comercializam o UNIX. Ele é usado em computadores poderosos por diversas multinacionais.
As versões comerciais do UNIX são:
HP-UX
AIX
Solaris
IRIX
Porém o UNIX é inacessível para diversas pessoas pois é um sistema muito caro e também exige hardware especifico. E isso acabou despertando no Dr Andrew Tanenbaum um interesse em desenvolver um sistema que fosse mais acessível.
Então motivado por fins educacionais o Dr Andrew Tanenbaum criou um sistema operacional chamado MINIX, teve como base os processadores da intel 8086 e na época era o sistema mais barato e atual.
Mas o MINIX possuía limitações técnicas que o restringia para ser utilizado apenaas para fins educativos. Ele endereçava até 1MB de cada vez e não tinha memória virtual.
Em 1983 foi criada por Richard Stallman a Fundação de software livre. Foi nela em que o projeto GNU foi criado. Esse projeto tinha como objetivo criar um clone do UNIX, porém ele deveria ser livre e não poderia ter o código-fonte do UNIX.
Assim como o MULTICS o projeto GNU não atendeu as expectativas. O projeto não foi um clone do UNIX, porém deu para Linus Torvalds as ferramentas necessárias para desenvolver o Linux.
Enquanto ainda estava na universidade Linus começou a desenvolver um kernel utilizando o MINIX e as ferramentas do GNU. Ele desenvolveu esse kernel para ser um clone do UNIX com memória virtual, multiusuários e multitarefa. Só que ele não conseguiria terminar tão cedo.
E assim foi disponibilizado um código-fonte que foi chamado de Linux
Esse nome surgiu da mistura de Linus e UNIX.
Quando Linus começou a divulgar o seu projeto junto ele escreveu uma mensagem que apontava todas as vantagens do Linux, para que ele poderia ser usado, lugares para encontrar os códigos e etc.
Quando o Linux ficou pronto ele foi baseado na licença GPL. Essa licença significa que nem o criador do Linux pode alterar ela ou exigir o Linux ou seja o Linux sempre estará disponível para todos.
Por mais que seja um software livre ele ainda pode ser comercializado desde que siga as 4 leis da liberdade:
Liberdade 0: Direito de executar o programa, para qualquer propósito.
Liberdade 1: Direito de estudar como o programa funciona e adapta-lo de acordo com as suas necessidades.
Liberdade 2: Direito de redistribuir cópias, permitindo que você ajude as pessoas.
Liberdade 3: Direito de aperfeiçoar o programa e distribuir seus aperfeiçoamentos para o público, beneficiando todo mundo.
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